Padrão de distribuição de severidade da fluorose: Que nos diz sobre exposição local ao fluoretos?
DOI:
https://doi.org/10.21615/cesodon.5615Palavras-chave:
epidemiologia, fluorose dentária, fluoretação, exposição a fluoretosResumo
Introdução e objetivo: a severidade da fluorose dentária reflete a exposição a fluoretos durante o desenvolvimento do esmalte. Recentemente, associações entre a exposição pré-natal e pósnatal ao fluoretos e efeitos negativos no desenvolvimento neurológico foram relatadas. O objetivo deste estudo é descrever e comparar o padrão de severidade e distribuição da fluorose na dentição decídua e permanente, como intuito para a discussão sobre a temporalidade da exposição em crianças moradoras em áreas endêmicas de fluorose no departamento de Huila,
Colômbia. Materiais e métodos: Cirurgiões-dentistas treinados diagnosticaram fluorose em 840 crianças (pré-escolares e escolares) de quatro municípios, utilizando o índice de Thylstrup & Fejerskov. Para estimar a prevalência dos diferentes estágios de severidade, cada criança foi
classificada de acordo com o escore mais severo da boca. A distribuição da prevalência de fluorose nos diferentes estágios de severidade por faixa etária e tipo de dentição é apresentada como taxa de prevalência (%). Resultados: a prevalência de fluorose em pré-escolares foi de 97,2% e em escolares de 99,9%. Fluorose moderada foi a mais prevalente (75,6% e 63,5%, respectivamente). Em ambas as dentições, a fluorose leve foi mais prevalente nos dentes
anteriores do que nos posteriores. Porém, tanto fluorose moderada como severa foram mais prevalentes nos dentes posteriores do que nos anteriores. Conclusões: o padrão de distribuição da severidade da fluorose sugere uma exposição pré- e pós-natal a fluoretos acima de níveis
recomendados. Este estudo salienta a importância da validação da fluorose dentária como um potencial biomarcador histórico da exposição ao fluoretos durante momentos críticos para o neurodesenvolvimento.
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