Avaliação de parâmetros biológicos e físicas da água de clínicas odontológicas de uma universidade brasileira

Autores

  • Fábio Barbosa Souza Federal University of Pernambuco
  • Fernanda Pimentel Malta Federal University of Pernambuco
  • Manoela Valadares de Souza Brandão Federal University of Pernambuco
  • Anna Cecília Farias Silva Federal University of Pernambuco
  • Beatriz Ribeiro Ribas Federal University of Pernambuco
  • Gláucia Manoella Souza Lima Federal University of Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.21615/cesodon.33.2.1

Palavras-chave:

contaminação, odontologia, consultórios odontológicos, água

Resumo

Introdução e objetivo: A contaminação da água utilizada nas unidades de saúde pode induzir consequências adversas individuais e coletivas. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da água em clínicas odontológicas de um curso de odontologia de uma universidade no Brasil, através da análise de coliformes totais, coliformes termotolerantes, bactérias heterotróficas e pH. Materiais e métodos: Em cada clínica, amostras de água foram coletadas para análise em diferentes pontos: cisterna externa, torneira clínica, reservatório da cadeira odontológica e seringa tríplice. Após a coleta das amostras, a análise foi realizada: a presença de coliformes totais e coliformes termotolerantes foi determinada pela técnica do substrato cromogênico; a presença ou ausência de Escherichia coli por fluorescência em luz ultravioleta; a contagem de bactérias heterotróficas através do número de colônias e a determinação de pH. Resultados: Em todos os pontos estudados, a presença de coliformes totais, Escherichia coli e coliformes termotolerantes foi observada em pelo menos 26% das amostras. Em relação à UFC/ml, todos os valores médios foram muito superiores ao máximo estabelecido pela legislação (500 UFC/ml). Todas as amostras de pH estavam dentro dos padrões. Conclusão: A análise global mostrou que 100% das amostras foram inadequadas, o que classificou a capacidade de água como fora do padrão em relação à legislação brasileira atual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Araújo CM, Lopes-Silva MAS. Análise da qualidade da água de reservatórios de equipamentos odontológicos. Rev Biociênc 2002; 8: 29-36.

Garg SK, Mittal S, Kaur P. Dental unit waterline management: historical perspectives and cu rrent trends. J Investig Clin Dent 2012; 3: 247-252.

Ajami B, Ghazvini K, Movahhed T, Ariee N, Shakeri M, Makarem S. Contamination of a dental unit water line system by legionella pneumophila in the mashhad school of dentistry in 2009. Iran Red Crescent Med J 2012; 14: 376-378.

Souza-Gugelmin MCM, Lima CDT, Lima SNM, Mian H, Ito IY. Microbial contamination in dental unit waterlines. Braz Dent J 2003; 14, 53-57.

Pinto K, Paula C. Protocolo de biossegurança no consultório odontológico: custo e tempo. Rev Biociênc 2003; 9: 19-23.

Goksay D, Cotuk A, Zeybek Z. Microbial contamination of dental unit waterlines in Istambul, Turkey. Environ Monit Assess 2008; 147: 265-269.

Pasquarella C, Veronesi L, Napoli C, Castiglia P, Liguori G, Rizetto R et al. Microbial environmental contamination in Italian dental clinics: a multicenter study yelding recommendations for stardardized sampling methods and threshold values. Sci Total Environ 2012; 420: 289-299.

Arvand M, Hack A. Microbial contamination of dental unit waterlines in dental practices in hesse, germanya cross-sectional study. Eur J Microbiol Immunol 2013; 3 49-52.

Hiran VMX, Bulla RJ, Mello LL, Moreno T, Tohnim MCB, Garcia LB. Análise bacteriológica da água de equipos odontológicos. Acta Sci 2000; 22: 631-636.

Brasil. 2011 Ministério da Saúde. Portaria n° 2.914. 12 de dezembro de 2011.

Gusmão ICCP, Gusmão JMR. Diagnóstico Ambiental e bacteriológico da água do equipo odontológico na cidade de Vitória da Conquista (BA). Estud Biol 2013; 35: 195-200.

Brasil. 2004. Ministério da Saúde. Portaria nº 518 de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providencias. Diário Oficial da União, Brasília, 26 mar. Seção 1, p. 266-270.

Franco DGMF, Landgraf M. Microbiologia dos alimentos. 2007; Atheneu, São Paulo.

Xavier HVM, Bulla J R, Luiza LM, Moreno T, Tognim MCB, Garcia LB. Análise bacteriológica da água de equipos odontológicos. Acta Sci 2000; 22: 631-636.

Pankhurst CL, Johnson NW. Microbial contamination of dental unit waterlines: the scientific argument. Int Dent J 1998; 48: 359-368.

Díaz, CG. La evaluación de la calidad microbiológica del agua em unidades dentales. Rev Cubana de Higiene y Epidemiologia 2009; 47: 1-10.

Claudino D, Lima AMT, Botega T A, Serratine ACP. Avaliação de Solução à Base de NaOCl 0,2% na Desinfecção das Tubulações de Água dos Equipos Odontológicos. Pesq Bras Odontoped Clin Integr 2011; 11: 471-476.

Watanabe A, Tamaki N, Yokota A, Matsuyama M, Kokeguchi S. Monitoring of bacterial contamination of dental unit water lines using adenosine triphosphate bioluminescence. J Hosp Infect 2016; 94: 393-396

Mills SE. Waterborne pathogens and dental waterlines. Dental Clin North Am 2003; 47: 545-57.

Murray JP, Slack GL. Some sources of bacterial contamination in everyday dental practice. Br Dent J 1957; 102: 172.

Galvão CF, Motta GF, Alvarez-Leite ME. Análise quantitativa da contaminação da água das tubulações e equipamentos odontológicos. Arq Bras Odontol 2006; 1: 3-9.

Petti S. Epidemiology and control in dental healthcare settings. Acta Stomatol Naissi 2013; 67: 1224-1229.

Centers For Disease Control and Prevention. Guidelines for Infection Control in Dental Health-Care Settings. MMWR. 2003; 52: 1-68.

Ada. Dental unit waterlines: approaching the year 2000. J Am Dent Assoc 1999; 130: 1653-1656.

Watanabe E, Pimenta FC, Agostinho AM, Matsumoto W, Ito IY. Diferentes métodos de avaliação do nível de contaminação microbiana da água de alta rotação. Robrac 2006; 15: 3-9.

Brasil. 2006 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano. Brasília: Ministério da Saúde. 212p.

Dobaradaran S, Nabipour I, Ramavandi B, Zazouli MA, Tahmasebi R, Ghaedi H et al. Microbial contamination of dental unit waterlines in Bushehr. Iran Fresen Environ Bull 2014; 23: 1000-1005.

Lizon J, Florentin A, Martrette J, Rivier A, Clement C, Rabaud C. Microbial Control of dental unit water: feedback on different disinfection methods experience. Am J Infect Control 2016; 44: 247-249.

Barbeau J. Waterborne Biofilms and Dentistry: The Changing Face of Infection Control. J Can Dent Assoc 2000; 66: 539-41.

Robert A, Bousseau A, Costa D, Barbot V, Imbert C. Are dentists enough aware of infectious risk associated with dental unit waterlines? Bull Group Int Rech Sci Stomatol Odontol 2013; 52: 29-34.

Tippet BF, Edwards JL, Howard FJ. Bacterial contamination of dental unit water lines-a possible source of cross-infection. N Z Dent J 1988; 84: 112-113.

Brasil. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos/ Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 1st ed. Brasília: Anvisa; 2006.

Downloads

Publicado

2020-12-31

Como Citar

1.
Souza FB, Malta FP, de Souza Brandão MV, Silva ACF, Ribas BR, Souza Lima GM. Avaliação de parâmetros biológicos e físicas da água de clínicas odontológicas de uma universidade brasileira. CES odontol. [Internet]. 31º de dezembro de 2020 [citado 11º de maio de 2024];33(2):2-11. Disponível em: https://revistas.ces.edu.co/index.php/odontologia/article/view/4807

Edição

Seção

Artículo de Investigación Científica y Tecnológica
Métricas do artigo
Vistas abstratas
Visualizações da cozinha
Visualizações de PDF
Visualizações em HTML
Outras visualizações