Efeito da terapia de reposição estrogênica sobre a cognição em mulheres pós-menopausas histerectomizadas

Resumen

Há evidências de que o estrógeno altera aspectos estruturais e funcionais do cérebro. O efeito positivo da terapia de reposição estrogênica (TRE), em mulheres pós-menopausadas, é um assunto controverso. O presente estudo tem o objetivo de avaliar o efeito da TRE sobre as funções cognitivas. Mulheres, histerectomizadas e saudáveis, participaram de um estudo randomizado e duplo-cego, recebendo a TRE com 0,625 mg diário de estrogênio eqüino conjugado (n= 27) ou placebo (n= 32) e foram testadas quanto ao desempenho em testes cognitivos válidos e confiáveis antes e depois de 6 ciclos de 28 dias de tratamento. Em vários testes cognitivos, o estrógeno reduziu os escores deles de forma estatisticamente semelhante ao placebo (p>0,05). Concluímos que a reposição estrogênica em pacientes na pós-menopausa com as características de nossa amostra não promove melhora da cognição de forma significativamente diferente de placebo. Estudos futuros são necessários para a confirmação dos presentes resultados encontrados. SUMMARY There are evidences that estrogen influences aspects of brain function and structure. A positive effect of estrogen replacement therapy (ERT) on cognition in postmenopausal women is a controversial issue. The aim of this study is to evaluate the effect of ERT on cognition. Hysterectomized, assymtomatic and healthy women took part of this randomized double-blind study. They received equine conjugated estrogen 0.625 mg per day (n= 27) or placebo (n= 32), and were tested in a valid and reliable neuropsychological test battery before and after six 28 day cycles treatment. No beneficial effect of ERT was found on cognitive abilities of healthy postmenopausal women and compared to placebo group. During these measurements both groups showed significant reduction (p<0,05) in the global cognitive tests scores. We concluded that estrogen replacement therapy does not improve mood and anxiety significantly more than placebo in postmenopausal women considering the caracteristics of our sample. Further studies are necessary to confirm these found results.